A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) divulgou, na semana passada, que a arrecadação dos planos de previdência privada aberta apresentou crescimento de 23,9%. A evolução corresponde aos primeiros dois meses de 2024, abrangendo um montante de R$ 31,2 bilhões.
Segundo a entidade, os resgates somaram, nos primeiros dois meses deste ano, R$ 21,4 bilhões. Tal valor, de acordo com a Fenaprevi, corresponde a uma queda de 1,6%, considerando a mesma base de comparação.
Além dessas informações, o resultado da captação líquida registrou R$ 9,8 bilhões no bimestre, o que significa uma alta superior a 185% no que diz respeito ao mesmo período do ano passado. O resultado da captação desconta os resgastes do montante arrecado.
Para Guilherme de Carvalho, sócio da Ávila Capital, referência nacional em investimentos, o aumento na arrecadação dos planos de previdência privada aberta pode ser explicado pela compreensão, por parte dos investidores, sobre a oportunidade de proteção e ganho real em detrimento à poupança (que é uma conta e não um investimento.)
A cada mês, o volume de investimentos na poupança cai, e na previdência privada, sobe. Isso claramente também se dá pela educação financeira e abordagem comercial do mercado. Em resumo, um bom planejamento previdenciário fará com que o investidor colha, no longo prazo, um bom resultado em sua carteira e proteção patrimonial e sucessória.
No Brasil, 10% das pessoas com idade de 20 a 64 anos têm previdência privada. São cerca de 11 milhões de brasileiros com um plano dessa natureza; em torno de 80% dos investidores estão na modalidade individual e os demais estão na coletiva, conforme informações da Fenaprevi.