Dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,16%, após avançar, em janeiro, 0,83%. O resultado, porém, está abaixo do esperado pelo mercado – 0,25% -.
Levando em consideração a comparação anual, constatamos uma alta de 3,93% na inflação; nos dose meses anteriores, o percentual observado era de 4,5%.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços analisados, seis apresentaram alta em março. O Instituto constatou que a maior variação (0,53%) e o maior impacto (0,11 ponto percentual) são oriundos do segmento de alimentação e bebidas.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) apresentou alta de 0,4% em março. O resultado representa a mesma variação do mês anterior.
O núcleo do CPI, levantamento que não considera preços de itens voláteis, como energia e alimentos, registrou acréscimo de 0,4% no mês, conforme o Departamento de Trabalho americano.
Segundo levantamentos, nos dose meses encerrados em março, o núcleo subiu 3,8%. O indicador principal, por sua vez, cresceu 3,5%.
Análise
Considerando os resultados do Brasil e da economia americana, o sócio da Ávila Capital, Guilherme de Carvalho, comenta que mesmo a inflação brasileira vindo abaixo do consenso, o fato de a inflação dos Estados Unidos vir acima do aguardado revela que não teremos, possivelmente, os três cortes de juros, mas a partir de agora, se fala em dois cortes para 2024.
Toda essa dinâmica inflacionária nos faz ter ainda mais cautela sobre a nossa alocação, tendo em vista que, se a inflação americana continuar subindo e a do Brasil continuar em queda, a curva de juros longa e o dólar não reagirão da melhor maneira.
Neste momento, tomadas de decisões táticas e pacificados, longe dos ruídos, costumam ser muito assertivos para todas as classes de investidores.
