Dólar apresentou queda, após anúncio do Banco Central Americano

Taxa de juros dos Estados Unidos é mantida pela 5ª vez; veja análise para os seus investimentos

A taxa de juros dos Estados Unidos permaneceu inalterada nessa quarta-feira (20), no que diz respeito ao intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão é do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Banco Centra americano). Inclusive, os economistas de Wall Street já projetavam essa manutenção, a quinta registrada no cenário econômico.

Segundo o Comitê Federal de Mercado Aberto, a previsão é a de que seja construído um contexto de confiança para que a inflação – antes de um corte dos juros – atinja a meta de 2%. Por meio de um comunicado, o Fomc informou que “não espera que seja apropriado reduzir a taxa até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção aos 2%”.

Diante da notícia, após operarem no campo negativo, os índices acionários dos Estados Unidos viraram para alta. Por exemplo, por volta das 15h dessa quarta-feira, no horário de Brasília, o S&P 500 aumentou 0,28%. O Nasdaq, por sua vez, registrou crescimento de 0,49%. Além disso, o Ibovespa subiu 0,77%, enquanto o dólar registrou queda de 0,81%, chegando a um valor de R$ 4,99.

Ao fazer uma análise estratégica do fato, Guilherme de Carvalho, sócio da Ávila Capital, aponta para o poder do corte de juros do Banco Central dos Estados Unidos, uma vez que ele endossa e fortalece a consolidação do corte da Selic, ou seja, dos juros brasileiros.

“Nosso comitê de investimentos, de forma colegiada, faz a leitura do cenário e sugere que os investidores busquem aprofundar as suas análises sobre os cenários que surgem pelas dinâmicas dos juros Brasil e Estados Unidos , e se posicionem, pois o momento requer tomada de decisão com a devida cautela”, alerta o sócio da Ávila Capital.

É importante observar, além dessa questão, que a renda fixa deixa de ser tão atrativa. A renda variável, por sua vez, em especial a B3 (bolsa brasileira), é negociada a um preço baixo, indicando, então, que a partir da queda de juros, haverá uma tendência de crescimento da bolsa brasileira.

Por fim, Guilherme de Carvalho sugere:

“O mercado vive ciclos. Isso é o que, no longo prazo, faz a diferença, pois devemos entender que não controlamos o mercado, mas a experiência, a humildade e o estudo nos tornam mais aptos a tomar as melhores e eficientes decisões, mitigando os riscos e, consequentemente, ampliando ganhos”.

Projeções

De acordo com os “dot plot”, gráfico de pontos, estão previstos três cortes de 0,25 percentual em 2024. Entretanto, para 2025, a previsão mediana subiu para 3,9%, de 3,6%.

Existe também uma projeção de estabilização das taxas a longo prazo. Dessa forma, a estimativa mediana para 2026 deverá ser de 2,6%, enquanto a taxa anterior era de 2,5%.

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